Meu coração - João Caetano

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Fica para ti

Oi pessoal

Bisbilhotando a Net encontrei essa maravilha e que deixo, com a devida permissão do autor, para vocês se deleitarem com a beleza do poema.

Fica para ti...

Uma flor silvestre,

Um livro de um poeta que não foi descoberto,

mas que escreveu com alma!..

Fica ainda...

O aroma das castanhas assadas numa tarde de chuva no Outono.

A visão das gotas da mesma chuva a bater na vidraça.

O cheiro a erva molhada.

A beleza da negra pedra polida da calçada.

A folha em tons alaranjados que cai da árvore com a brisa ligeira.

O pássaro que teima em voar contra a brisa que se transformou em vento, esse vento que quer ser tempestade!!!

Mas... depois de todas as tempestade vem a bonança,

e com ela os raios de sol, a esperança, o hoje que quer ser amanhã... um sorriso rasgado de criança, e olhando a pureza e a beleza do mesmo, dá para acreditar no futuro.

Finalmente deixo uma rosa imaginária, e ao teu critério a cor da mesma, pois o simbolismo da cor numa rosa pode ser quase tudo… ou quase nada!

E se me é permitido… deixo ainda um beijo meu.

© J. Tavares Rodrigues



sábado, 10 de novembro de 2007

Passei para dizer olá

Ô vida doida essa, como diz o poeta: "A gente corre na Br3, a gente morre na Br3".
Pois é, por que corremos tanto?
Essa é uma pergunta que nos fazemos e simplesmente nunca respondemos e aí está o mistério. Se respondêssemos será que ainda teríamos essa necessidade de viver tão velozmente? Ou pisaríamos no freio porque descobriríamos que, simplesmente não vale a pena correr tanto? Corremos pelo trabalho, pelo dinheiro, para passar na frente dos amigos, pelo poder de comprar mais, corremos tanto que não percebemos o que deixamos para trás. E quando percebemos, as coisas realmente importantes estão apenas na lembrança. Quando temos lembrança porque nessa correria até as lembranças ficam esquecidas.

A gente se acostuma a ver a anormalidade como algo posto, certo, inveitável. Eu não quero me acostumar a pensar assim, não quero ser mais um igual, quero sentir e viver as coisas boas, quero ser feliz, sentir o prazer de ter amigos, ver o sol nascer, conversar e beijar meus filhos, amar a família, ver a luz da lua, me sensibilizar com o sorriso de uma criança. Não quero ser estilhaços de pedras, quero acordar comos pássaros e sentir a vida pulsando, andar na calçada sem medo da violência, quero principalmente poder olhar no olho dos meus amigos , quero ter memória e principalmente, desejo que o meu coração continue alerta a tudo isso para não se deixar morrer na Br dos sentimentos.

Porisso estou aqui para dizer que vocês são muito importantes e jamais serão apenas lembranças. Ah! Se vocês estão lendo esse recadinho, muito obrigada pela visita.




sexta-feira, 26 de outubro de 2007



O girassol

Companheiro fiel
sempre gira o girassol
Ao redor do sol.

Todos os dias gira o sol
Gira, gira e não encontra
O giro do girassol.
Fmott@

domingo, 21 de outubro de 2007

Viagem

Olá pessoal, amei a viagem para Recife. Visitamos o Museu de Francisco Brennand e a cidade de Olinda. Em Brennand a arte está em toda parte, quadros e esculturas belíssimos de se ver. Olinda faz juz ao nome oh! linda!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Bendita primavera
que deixa cheiros , cores e flores no ar.
FMott@

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

INDEPENDÊNCIA?!!!

Pergunte ao cidadão
O que é ter independência,
Não ser preso por algemas
É ter livre o pensamento?


Pergunte a uma nação
Se é ter independência
Ver a fome dizimar
Nordestinos com freqüência?

Pergunte a nossas crianças
Que cheiram cola na rua
Dormem pelas calçadas
E desfilam semi-nuas.
Elas dirão: - é viver,
Sem ter medo do futuro.

Os sem-terra lhes dirão
Independência é ter chão
Nas favelas, com certeza,
É comida sobre a mesa.

Será que são independentes
Os negros discriminados,
Camelôs e favelados
Nesse país abastado?

Com tantos desempregados

Falta na mesa o pão,

Crianças abandonadas


Sem saúde e educação.

Independente Nação?!!!
Professores que ensinam
A prática e a ciência
Com salários defasados
Isso é ter independência
?

O patrimônio vendido

Osdireitos esquecidos
Impera a desigualdade
Faz-se de cega a justiça.

Nesse país abastado
Onde reina a incoerência
Futebol e carnaval
Lhe parece independência?

O dólar sempre subindo

A crise atinge a América
O salário se encolhe
Engolido pela fera
E o povo fica à deriva
Qual um barquinho sem vela.


Independência ou Morte
Disse o nosso Imperador
Só a morte permanece
Independência não chegou.

Diremos que somos livres
Democráticos, brava gente

E ainda tornaremos

O Brasil independente.





domingo, 19 de agosto de 2007

Ao meu aluno

Quando chego à escola, o meu bom-dia perde-se no vazio do teu olhar. Procuro em ti vestígios de alegria e me deparo com perguntas.Mudas perguntas. Porém... infinitas!

O teu rostinho marcado por lágrimas, resquícios de tapas, de brigas, de palavras... Marcas da vida!

Teu sorriso ausente fala mais que o riso ensaiado, forçado, confundido num traço de alegria e dor.

Teus sonhos...Ah! Será que sonhas?

E eu? Ainda tenho sonhos para te entender? Ou... Por não me sentir capaz de tê-los, não te permito viajar pelo país da fantasia?E... Lá no teu canto te escondes da vida povoando teu mundo de fantasias ou monstros. Como será que entro no teu mundinho? Fantasia ou monstro?

Quando às vezes te vejo, te sinto, te abraço, te mando uma carícia, me devolves um sorriso, nos encontramos no espaço, criamos um laço e perdes em afago destruindo barreiras. Aí... Encontro-me. No toque, te encontro, te entendo e você me responde com um sorriso feliz.

Mas... Se te olho e não vejo, a indiferença que sentes chega a ser violenta, tu gritas em silêncio querendo um abraço, desmanchando o que faço. Me agrides, me bates, estás batendo em ti.

Meu aluno... O que faço?Desespero-me e grito.Sinto-me perdida.

Você é meu problema. Ou serei eu o problema?

Proponho-te uma troca, me torno psicóloga, advogada, palhaça, outra vez sou juíza. Tua amiga me faço, me igualo a ti, me despojo de títulos, sou mais uma aprendiz.

Porém... Nem sempre chego a ti e também me torno infeliz.

És tão mal comportado, tão danando e agressivo que às vezes até tenho raiva de ti. O que escondes atrás dessa agressividade?

Estou sempre tão atarefada, envolvido em meus próprios problemas que não consigo ler os teus sinais. E às vezes são tantos! Quando posso tento decifrá-los mas não me aprofundo porque tenho tantos outros alunos-problema e o meu tempo é tão resumido para ti. Tenho que correr para outra sala de aula, outro colégio, outra realidade tão diferente e ao mesmo tempo tão igual à tua. E lá mergulho num redemoinho de atividades que às vezes te esqueço esquecendo também que problemas não é privilégio de adultos e que os meus nem sempre são maiores que os teus.

São tantos porquês, tantos, mas...

Tomo decisões nem sempre coerentes.

Se ralho, te amedronto.

Se calo, te abandono.

Se te enfrento, sou pequena.

Defrontamos-nos numa luta desigual.

Faço-me surda para um grito que não ouvi.

Esqueço que às vezes me omiti, em outras te agredi.

Desisto de te entender afinal tenho que passar o conteúdo, tem uma sala inteira à espera da minha aula.

E, quando o dia termina lá vem você povoando a minha mente martelando num grito mudo. Por que será que a esta imagem insistente não me deixa pensar nos tantos outros afazeres? O que tem você de tão especial que eu não desligo? Tantas crianças "boazinhas" e eu penso logo em ti?

E... Muitas vezes no rostinho do meu filho te vejo pedindo um carinho. Então penso em como poderei chegar a ti. O que poderia ter feito e não fiz? Como será a próxima aula? Poderei te compreender? Ou será mais um embate entre professor e aluno?

Terei sabedoria e humildade para aprender com você? Sei que ainda tens sonhos a viver. Muitos sonhos... Podemos sonhar juntos? Te impulsionarei a vôos mais altos que os meus ou estarei assassinando tua vontade de crescer?

Transito entre questões fundamentais e ainda não tenho respostas que me satisfaçam. Não posso pensar que amanhã terei um tempo para pensar, pois você não falta e parece-me a escola é o teu refúgio. E lá está você igual a tantos outros dias, calado ou agressivo, provocando um rebuliço em minha vida.

Falamos em mudanças comportamentais. Mudanças suas, não minhas. afinal sou a professora, estou com a razão. Mas... Será que somente você precisa mudar? E eu, por que não me coloco no teu lugar? E você, não deveria pensar um pouco na minha correria e no meu stress para sobreviver?

De quem é a culpa? Sua ou minha? Você: um pirralho. Eu: a mestra!

Sei que precisamos fazer alguma coisa.

Me vem uma idéia...

E se mudarmos nós dois? Juntos, um aprendendo com o outro?

Tenho que rever conceitos e atitudes preciso me tornar um adulto-criança, descer do alto da minha experiência e adotar uma postura horizontal para te compreender e te aceitar.

Mas eu ainda não sei fazer isso. E se eu não conseguir sozinha?

Pode ser que eu precise de você para me orientar. Livros e teorias, de repente, não me bastam talvez tenhas que me dizer: muda professor!

Se preciso mudar para te alcançar eu tentarei se isto te ajudar a creditar um pouco em você.


 

domingo, 5 de agosto de 2007

Epígrafe

Hoje folheando meus guardados (costume de professor- que não pode ver um pedacinho de papel já vai guardando) e me deparei com esta epígrafe escrita por Nilmax Ximenes (RJ). Confesso sempre que leio este poema me identifico profundamente com a autora pois acredito ainda na minha profissão apesar de ver diariamente o descrédito não apenas dos governantes, mas de muitos que fazem a educação e deveriam vê-la com um outro olhar. Leio o poema e me transporto ao dia-a-dia e como ela ( a autora) vejo refletida a minha própria imagem nos olhos de cada criança que como eu ainda acredita que alguma coisa boa vai acontecer.
Epígrafe
Ser professor
E disse a esperança:
_ Vai, que eu vou contigo!
Nela confiei e segui, sob inexorável impulso.
Vejo-me a cada dia nesta luta,
Aparentemente inglória,
Numa tentativa contínua de superação,
Que me leva a construir
Castelo de senhas necessárias
Para concretizar utopias...
Suor, cansaço, desilusão, desafios à persistência.
Ela,a esperança,
Teimosamente fundamentada a busca.
E mora perto,
Bem no fundo dos olhos da criança,
Onde vejo refletida a minha própria imagem.
É este o desafio:
Ser professor!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Às vítimas da tragédia do TAM

Como esquecer daquele sorriso na foto
daquela lembrança espressada
por um aceno de mãos?
Quantas esperanças da volta
do abraço festivo
do largo sorriso
que não mais acontecerão?
Adeus sem volta,
Good bye
Arrivedecci
Adeus de várias pátrias
Adeus brasileiro.
Destino?
Descaso, talvez!
Incógnitas...
Certeza apenas
que num vôo trágico
te perdi de uma vez.

sábado, 7 de julho de 2007

Figura

Para onde caminhas oh! Figura!
Em que leito te deitas semi-nua
Em que esfera desfazes
os sonhos d'alma pura?

Em sorrisos regadosem águas impuras
Mergulhaste o teu sonho de menina.
em lençóis de cetim
Ronronas nua
A cobiça a lamber-te o corpo inteiro.

Oh! Menina!
te encantas e torturas
Na beleza passageira do momento.

sábado, 30 de junho de 2007

Cotidianamente

Manhã

Ainda madrugada

Mais um bocejo

Os olhos pesam

Quase os fecho

Não sei se levanto

Ou deito outra vez

A tentação de voltar pra cama

É tão forte quanto o sono

Que teima em brincar como os meus olhos

Travo uma batalha

Vence o sono

O despertador me chama

Fecho os ouvidos

E me espreguiço!

A água gelada do chuveiro

Penetra-me os poros

E os pensamentos ainda adormecidos.

O estágio de letargia

Cede lugar à euforia

Repito movimento mecânicos

Do quarto à cozinha

Água

Café

Açúcar...

Quarto.

Tiro a toalha

Roupa

Fogão

Sapato...

A chaleira

O apito

Desperto enfim!

Volto à cozinha

O tempo agora é o meu maior inimigo

Quero parar os ponteiros

Ou mesmo atrasá-los

Ainda assim...

Um momento para sonhar!

Um mergulho na xícara de café

Preto

Forte

Meio amargo.

Me perco em devaneios...

Mais uma vez o despertador!

Volto ao real

Escova

Batom

Perfume

Bolsa...

Abro a porta e saio

Instaura-se o caos

Caótico

O trânsito

O cheiro

A buzina

O suor

O escritório

O riso

O líro

As lágrimas

O disco

O encontro

O drink

O beijo

O desejo

O adeus

A volta

A vida

A igualdade

Do sono

Do sonho

Da noite

E do novo dia que começa!...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Ah! Se eu pudesse!

Ah! Se eu pudesse
ultrapassar o tempo
ser o teu momento
e me fazer presente.
Não ser a saudade
presa ao passado,
ser o teu futuro
e chegar antecipado.

Ah! Se eu pudesse
fazer minha morada
no teu pensamento.
Ser tua palavra
dita em voz suave,
queria ser teu eco
embora sonolento.

Ver t'alma transparente
nas lentes da emoção
aproximada em zoom
da máquina fotográfica
pela minha mão.

Ser o cobertor
pra te agasalhar
em nuvens de cetim
com cheiro de alecrim.
queria ser tua chama
vermelha, crepitante
fagulha na lareira
paixão que incendeia.

Queria ser tua dama
musa e companheira
ser a melodia
acorde dedilhado
no teu violino.

Teus dedos no meu corpo
compondo uma canção,
você o meu Picasso
e eu seria o quadro
pintado em pinceladas
de pura emoção.

Entrar em tua casa
como suave brisa
soprar no teu ouvido
a canção do meu exílio.

Te aquecer do frio
tua mão na minha mão
E te cobrir com o manto
da minha paixão.

Fáatima Mota

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Destino

Para onde me levam esses vagões
que rodam sobre trilhos enferujados
em paralelas que somem no infinito?
Para onde me leva essa saudade dos tempo idos
que como os trilhos
passam velozmente
em vídeo-tape
televisionando momentos vividos
dos quais,
muitos, pensei ter esquecido?

Para onde me leva esse futuro
que tão veloz
já se tornou presente
e tão efêmero
tornou-se obscuro?

Quem sabe
em algum lugar
encontrarei respostas
e no futuro me farei perguntas
que saciem esta incógnita infinda?

Ou..
Como os vagões
apenas chegam a próxima estação
E não ao fim?

Fátima Mota

domingo, 3 de junho de 2007

Senhora

Não te quero pura
quero-te nua
devassa
alma lavada
sonhos transparentes.

Não te quero presa
quero ver-te livre
asas indomadas
rumo ao firmamnento.

Não te quero verde
quero-te madura
fruta saborosa
pronto a me amar.

Quero-te nua
livre
solta
independente
cheia de encantos
viva no entanto
para me abraçar.

Fátima Mota

sábado, 2 de junho de 2007

Bem-te-vi

Manhã não tarda a chegar
Bem-te-vi já vem cantar
Na janela do meu quarto
Bem-te-vi vem me acordar.

Beijo a brisa, bebo o orvalho
Bem-te-vi a me saudar
Canta, canta bem-te-vi
Hoje eu quero me alegrar.

Minha alma também canta
Em coral a acompanhar
Sinfonia incompleta
Porque já queres voar.

Voas logo bem-te-vi
Bate asas além mar
Te ofereço pouso certo
Amanhã podes voltar.
Fátima Mota

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Natal: Cidade do Sol (Acróstico)


Natal,te conheço da margem do rio,
do por-do-sol, do braço de mar.
As velas dos barcos, a brisa, o cicio
Talvez anunciem
A ave-maria
Libertando o dia.

Cantar a beleza
Incansável tarefa

Do poeta. És a garota de verão a musa, a canção...
Amada pelo teu sol , pelas
Dunas que te envolvem

E te cobre em alvos lençóis.
Doce luar que te banha como um manto
O mar em doce abraço reflete o teu encanto.
a cidade, a magia e o canto,
Os poetas a cantar teu acalanto
Linda Natal, na curva do rio,
entre velas e mastros te encontro.
Fátima Mota
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Clarice Lispector

Mas há a vida

Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.