Meu coração - João Caetano

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Amor criança



 


 

O meu amor ficou na infância

Preso nas correntes do passado

Amor de trança

De pião

De pipas no ar.

O meu amor criança

Perdeu-se na ciranda , cirandinha

Entrou na roda-viva

Em esquinas

Quebrou-se no anel de vidro.

Esse amor primeiro

Passou em fases

E foi único sem ser derradeiro.

Foi terra , mar,

E chegou ao céu

Como na amarelinha.

Todas as lembranças

Ficaram na saudade

Mas não perderam-se com a idade,

Porque em gavetas da minha mente

Ainda encontro

Aquele casal apaixonado

Sem consciência do certo ou errado.

De vez em quando

Penso em nós

E sinto o perfume da flor

Que até hoje guardo

No diário.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Retrato

Retrato

Esta poesia da vida é um retrato
que rabisco nas paredes do tempo!

A minha pena transgride a retórica
E o verbo se faz no pensamento.

Reescrevo nossa história, então...
Percebo no sonho, um contratempo
Esta poesia da vida é um retrato
que rabisco nas paredes do tempo!


Nossas lembranças já emolduradas
São sombras na cidade que dormita
De ti ficou, na cabeceira, artefato
Olhos a lembrar-me impertinente
Esta poesia da vida é um retrato.


Fatima Mota/ Edir Pina

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Vinte e quatro horas de silêncio

Quero encontrar-me com o silêncio
Encontro pertinente
Mudo
Quero estar disposto a ouvir a voz que vem de dentro
Sentir apenas o que o coração pressente
Quero estar surdo-mudo aos sons da cidade
E ficar , pelo menos,
Vinte e quatro sem ...
as músicas impertinentes
as buzinas ferindo meus ouvidos
os carros de som
os gritos dos ambulantes!
Vinte e quatro horas silenciando o barulho.
e nesse tempo quero apenas ouvir...
o choro dos inocentes
o chamado das crianças
a voz calorosa dos meus amigos
o sussurrar do vento, o canto dos passarinhos,
o som de folhagens pisadas,
os silêncios da madrugada,
a chuva cantando na telha
a palavra sussurrada
a conversa no pé de orelha.
Ainda quero..
calar minha fala e escutar minh'alma
despojar-me deste verbo eloqüente
ouvir a paz que silenciosamente o amor pressente.
Quero apenas o barulho límpido do silêncio
e as suas notas contidas .
Quero recolher-me em oração silenciosa
e quedar-me nos teus braços.
Dá-me um tempo Senhor para ouvir tua voz.
Quem sabe, então, encontrarei a paz?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Velho_moço


 

Sou um velho_moço que o tempo não quedou

Digo ao coração que existe essa tal felicidade.

No meu mundo de quimeras guardo sonhos,

Velhos sonhos que não se perdem com a idade.


 

O tempo passa e o poema, ainda , em ti floresce

E permanece, lírico, onde está minha saudade

Sou um velho_moço que o tempo não quedou

Digo ao coração que existe essa tal felicidade.


 

O universo conspirou pra que eu te amasse

E eterna em mim ainda permaneces, intacta

Meus versos , na madrugada em flores te dou

Pois amor maior se faz em mim diariamente

Sou um velho_moço que o tempo não quedou.

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Clarice Lispector

Mas há a vida

Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.