Em meados do outono
Não há colheita de flores
E os sonhos saíram a passear.
A esperança afronta os fios brancos nas têmporas
- e tece de poesia sua verdadeira roupagem.
Logo será verão e a messe farta
Pois que de palavras e alegria
A mesa estará florida de_lírios.
Fátima Mota
O que penso, o que às vezes sou ou... apenas divagações.Transito entre a pintura e a poesia e aqui exponho minhas idéias ao deleite ou à crítica de alguém. "Por vezes à noite há um rosto / Que nos olha do fundo de um espelho / E a arte deve ser como esse espelho / Que nos mostra o nosso próprio rosto ". Jorge Luis Borges
Meu coração - João Caetano
domingo, 12 de setembro de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Meus papéis... de seda.
Entre quimeras e cores
Recortei papéis
De seda pura
Em tons de vermelho e azul.
Outrora usava tesoura e cola
Fina linha e hastes
Subia ao céu
Imaginação ao léu
Bailando cores
Sem destino.
De seda os meus papéis
Perambularam pelo mundo
Coração vagabundo
Refugiou-se entre céu e mar.
Fátima Mota
Recortei papéis
De seda pura
Em tons de vermelho e azul.
Outrora usava tesoura e cola
Fina linha e hastes
Subia ao céu
Imaginação ao léu
Bailando cores
Sem destino.
De seda os meus papéis
Perambularam pelo mundo
Coração vagabundo
Refugiou-se entre céu e mar.
Fátima Mota
domingo, 18 de abril de 2010
Espera
Olhei o relógio tantas vezes
Contei as horas a cada segundo
Desejei o por do sol antes do meio-dia
Tentei apressar o tempo
Que, de pirraça se arrastava lento.
Despi-me da pureza e vesti flores
Pus uma gota de absinto no pé da orelha
Untei a pele com óleos sagrados
Só pra sentir o teu beijo abusado
E ouvir palavras de encantamento.
Espichei meu olho além do umbral da porta
Pulsei meu coração pela veia aorta
Desnudei os medos e deixei-me seduzir
Pelo advento da tua chegada.
A noite antecipava madrugada
Uma estrela atravessava o céu
Só para que eu fizesse um pedido
Cadente.
Forjadas todas as palavras
A boca morta pintada de carmim
Do último vinho o amargo hausto
Degustei a própria insensatez
De pensar, talvez!
Castiguei o desejo e matei a espera
Abjurei a minha ignorância
E brindei ao desencontro.
Expiação!
Aqui estou
Até que o sono escorra dos meus olhos
E o novo dia traduza a palavra
Volta!
Contei as horas a cada segundo
Desejei o por do sol antes do meio-dia
Tentei apressar o tempo
Que, de pirraça se arrastava lento.
Despi-me da pureza e vesti flores
Pus uma gota de absinto no pé da orelha
Untei a pele com óleos sagrados
Só pra sentir o teu beijo abusado
E ouvir palavras de encantamento.
Espichei meu olho além do umbral da porta
Pulsei meu coração pela veia aorta
Desnudei os medos e deixei-me seduzir
Pelo advento da tua chegada.
A noite antecipava madrugada
Uma estrela atravessava o céu
Só para que eu fizesse um pedido
Cadente.
Forjadas todas as palavras
A boca morta pintada de carmim
Do último vinho o amargo hausto
Degustei a própria insensatez
De pensar, talvez!
Castiguei o desejo e matei a espera
Abjurei a minha ignorância
E brindei ao desencontro.
Expiação!
Aqui estou
Até que o sono escorra dos meus olhos
E o novo dia traduza a palavra
Volta!
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Nas mãos
Das pétalas
perfume
ab_sinto.
Fátima Mota
perfume
ab_sinto.
Fátima Mota
sábado, 6 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
COISAS DA VIDA
Desejei-te nos mais diversos sabores
de_leite para esta boca in_saciável.
Corri para os leitos de rio_mar
caudalosos
à deriva fiquei.
Deitei-me em alvos lençóis
manchados de carmim e vinho.
Os drinks em cores
não trouxeram sabor de alegria
e não fizeram caminho
nas entre_linhas
sabor e_feito de drops anis.
Teus beijos nacarados
visitaram-me a boca
promessas concretas
de absurdos loucos.
Na garganta assentou-se
um jeito obtuso
de fazer guarida
grude com amargo sabor de despedida.
Tantas vezes re_vi as histórias mal contadas
sem pele de camaleão
tecidas em salas de degust_ação.
Te busquei na fantasia
enquanto pelas mãos escorriam
as bolhas de sabão
dissipando a ilusão de achar-te.
Em tantos lugares te procurei
até descobrir-te pendurada nas estrelas
desenhada nas in_quietas flores
sob um sol atrevido.
Estavas no afeto concreto
e no poema do teu olhar inquiridor.
Em devaneio, não olhei para o lado
onde sempre me fazias companhia
calada .
FATIMA MOTA
de_leite para esta boca in_saciável.
Corri para os leitos de rio_mar
caudalosos
à deriva fiquei.
Deitei-me em alvos lençóis
manchados de carmim e vinho.
Os drinks em cores
não trouxeram sabor de alegria
e não fizeram caminho
nas entre_linhas
sabor e_feito de drops anis.
Teus beijos nacarados
visitaram-me a boca
promessas concretas
de absurdos loucos.
Na garganta assentou-se
um jeito obtuso
de fazer guarida
grude com amargo sabor de despedida.
Tantas vezes re_vi as histórias mal contadas
sem pele de camaleão
tecidas em salas de degust_ação.
Te busquei na fantasia
enquanto pelas mãos escorriam
as bolhas de sabão
dissipando a ilusão de achar-te.
Em tantos lugares te procurei
até descobrir-te pendurada nas estrelas
desenhada nas in_quietas flores
sob um sol atrevido.
Estavas no afeto concreto
e no poema do teu olhar inquiridor.
Em devaneio, não olhei para o lado
onde sempre me fazias companhia
calada .
FATIMA MOTA
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Clarice Lispector
Mas há a vida
Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.
Mas há a vida
Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.