Meu coração - João Caetano

domingo, 30 de março de 2008

APENAS UM POETRIX

Se quando estás triste
o céu fica nublado
quando estás alegre
o meu céu fica escarlate.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Mais poesias


POR QUEM OS SINOS DOBRAM?

Por uma justiça inoperante
que não protege o cidadão
por uma nação sem governantes
que faz da democracia
uma grande decepção.
Os direitos esquecidos
a justiça se faz cega
o ser humano empobrece
e o sino anuncia
ao som da ave-maria
que morreu um cidadão
com os direitos violados
não teve a compaixão
na fila do hospital
pois apanhou de um ladrão
que foi pego roubando
pra sua filha o pão.
E a justiça o que fez?
e a política uma vez
falou em cidadania
pregou a democracia
esqueceu sua lição
escreveu a matemática
esquecendo o povão.
Alguém gritou:
A justiça
morreu de morte matada
a danada já foi tarde
o grito das minorias
enterraram com a esperança.

DESENHANDO

Um risco no papel
Uma nuvem no céu
Uma árvore na floresta
Uma pipa voa ao léu.

Desenhando o arco-íris
Pondo as cores onde quero
Invento meus personagens
Nada pra mim é mistério.

O macaquinho saltita
O João-de-barro trabalha
Passarinho faz seu ninho
Papagaio também fala.

As nuvens que viram mar
Tem um peixinho a nadar
Flores perfumam o ar
As árvores a balançar.

Coelhos, onças, pardais
Cotovias a cantar
Uma raposa se esconde
Para a galinha pegar.

Coloridos pelo giz
Onça, tigre, elefante
Que no papel ganha vida
Com sua tromba gigante.

Olha a encrenca do elefante
Resolve se refrescar
Faz chuveirinho com a tromba
E começa a espirrar.

O esguicho do elefante
É um espirro gigante
Que o papel vai molhar
E a minha bicharada
Logo vai apagar.

18/01/2008
FATIMA MOTA


DIVAGANDO

Quando o desejo de abraçar-te
estiver saciado
A isso chamarei de UTOPIA.

Quando deitar-me em teu regaço
e adormecer no teu braço
tornar-se realidade
A isso chamarei de SONHO.

Quando a tua imagem
tornar-se vívida
e confundir-se com o meu abraço
A isso chamarei de MAGIA.

Se a saudade me faz companheira
e meus olhos choram uma lágrima de despedida
A isso eu chamei REALIDADE.

FMott@- 2001

quarta-feira, 26 de março de 2008

TROCA

Se alguém quiser trocar
o som de uma buzina
pelo canto do PASSARINHO
que sempre me diz:
- bem-QUE- te - vi..
- bem-QUE - te-vi.

O cheiro da gasolina
pelo cheiro da neblina
em dias de chuva fina.

A janela de um apartamento
por uma rede na varanda
que canta os acalantos
para espantar as insônias.

O CD com música lenta
pelo sussurrar do vento
que assobia no telhado
formando uma orquestra
com as plantas e os galhos.

Mande um bilhetinho
numa folha de outono
que eu irei trocar correndo
mesmo que seja
do outro lado do mundo
onde mora o pensamento.
FATIMA MOTA
Publicado no Recanto das Letras em 26/02/2008
Código do texto: T876032

domingo, 23 de março de 2008

Voltar... para quê?

Não... não me venha dizer que este pranto
foi em vão
não... não me venha dizer que esta dor
foi vã.
Em quantos pedaços me partistes?
Em quantas veredas me perdestes?
Não... não me venha dizer que voltaste
pois não quero acreditar no impossível.
E... prefiro pensar que foi finito
agora que os fantasmas não mais me atormentam
deixa-os descansar eternamente.
Fátima Mota

quinta-feira, 6 de março de 2008

AS MARIAS....


AS MARIAS ....

Sou Maria como tantas
Cheia de encanto e pranto
De alegrias e tristezas
Mas sigo fazendo o meu canto.

Maria... Marias...

Das Dores, extraio a minha força
Da Graça, sou beleza e faço festa
Da Conceição, acima de tudo mãe lambendo a cria
Do Socorro, um SOS na luta diária
Do Rosário, uma mulher em forma de oração
Clara, iluminando corações
Das Vitórias, uma conquista a cada dia
José, esposa, mãe, o complemento
Das Chagas, o pranto dorido me consola.

De Fátima, aquela que cria e acredita no potencial de todas as Marias.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Escolhi como tema a alegria ( Discurso proferido a iauguração do Laércio Fenandes)

Excelentíssimo Prefeito da cidade do Natal Sr. Carlos Eduardo Alves, Digníssima Secretaria de Educação Profª Justina Iva, Caríssima colega diretora Sene Xavier em nome de quem saúdo aos demais membros da mesa. Srs. pais, professores, funcionários e queridos alunos.

Boa tarde

Começo citando Pe. Antonio Vieira: “Para falar ao vento bastam palavras, para falar ao coração são necessárias obras”. Obras como esta que hoje nos acolhe: Escola Laércio Fernandes Monteiro. E não estou falando somente da belíssima estrutura física, mas da ação de todos que nela trabalham e com muita garra elevou o nome da instituição, contribuindo para tornar este sonho possível. E é com o coração transbordando de alegria que vos falo e falo para o coração de cada um de vocês, porque um verdadeiro educador não joga palavras ao vento, mas as sopra ao coração dos seus educandos, através do exemplo e das suas ações, através da alegria e do prazer em saber que está a cada dia contribuindo para o engrandecimento e a formação de verdadeiros cidadãos.

Para este dia tão especial escolhi uma palavra que reflete o sentimento de cada um que está aqui vivenciando esse momento. Nenhuma outra tão propícia quanto a alegria. Alegria de estarmos juntos; alegria de receber esse prédio tão lindo o qual oportunizará um trabalho que, devido à inadequação das instalações onde nos encontrávamos, ficava prejudicado, mas que agora poderá se tornar excelente, com certeza será excelente; alegria de ver estampada no rosto das crianças a esperança e o desejo de estudar numa escola de qualidade; alegria de ser um educador e de entender que a tristeza não poderá fazer parte da educação das crianças porque elas precisam do riso, da cor, do sonho. Precisam vivenciar esse sentimento em casa, na sociedade e na escola. Não deixemos, pois a tristeza invadir a alma desses meninos e meninas e, ainda alegria de ser professor, porque a alegria impreterivelmente tem que fazer parte da vida do verdadeiro mestre, apesar das adversidades o professor precisa ser alegre. Lanço mão então das palavras de Artur da Távola que com muita propriedade citou: “ De que adiantará um discurso sobre a alegria se o professor for um triste?” . Triste pela desvalorização, pela incompreensão, pela carga de trabalho muitas vezes árdua? São tantos motivos para sermos tristes, mas por outro lado existem tantos motivos para a alegria. Somos pilares do saber, temos nas mãos nossos sonhos e muitas vezes dos nossos alunos, pois somos pais, psicólogos, juízes, amigos. Quem não se sentiu gratificado com um beijo de um aluno, com uma flor recebida na entrada da sala, com aquele TIA EU TE AMO? Somos pra eles muito além do que a nossa imaginação nos permite pensar. Somos professores no mais puro sentido da palavra. Temos um ideal e acreditamos no nosso potencial. Estávamos numa péssima estrutura física, hoje estamos nessa escola imensa, linda, digna não de primeiro mundo, mas digna do nosso trabalho e da nossa comunidade escolar. Vislumbramos mil possibilidades e oportunidades, a concretude do meu sonho, do seu, do nosso sonho. Agora mais do que nunca precisamos pensar em resultados positivos, é preciso vontade, compromisso, responsabilidade e competência. Temos tudo isso, quantos não têm menos que nós? William Shakespeare muito sabiamente escreveu: Sofremos demais pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos. Alegremos-nos então pelo que somos e pelo que podemos realizar. A escola precisa da alegria de vocês professores, funcionários, diretores, pais e alunos. A aprendizagem precisa disso. Uma escola de qualidade é aquela que apesar das adversidades a sua equipe desenvolve a capacidade de rir, de inventar, de buscar estratégias para driblar a tristeza e que, acima de tudo não permite que suas crianças se tornem apáticas e desacreditadas na sua capacidade de ser. É preciso cultivar a arte de rir, a ação escolar para ser válida não precisa ser sisuda, rígida, morta. É necessário brincar com as idéias, com a fantasia e com a imaginação. Esses elementos fazem não somente a alegria acontecer, mas a aprendizagem também.

Por fim quero agradecer a todos aqueles que acreditaram no meu trabalho, às pessoas da SME (Secretaria Municipal de Educação) que me indicaram para o cargo em 2003 quando a escola foi criada, à comunidade escolar que me apoiou nas decisões e nas ações durante cinco anos, ao prefeito e à secretária de educação por tornarem esse sonho possível. O resultado do nosso trabalho está aí, nas paredes, na presença de vocês, nos gestos, nas atitudes. Não houve alarde, mas é concreto, como foi possível conferir agora na IX JENAT. Agradeço em especial à minha companheira de trabalho e amiga pessoal Sene Mesquita que aqui está para dar continuidade ao trabalho, e agora com melhores condições, mais oportunidades e muita competência. Desejo muito sucesso mesmo não fazendo mais parte desse convívio, pelo menos não fisicamente, pois o Laércio sempre estará no meu coração. E por fim citar um dos poetas que mais admiro e que reflete um momento muito particular da minha vida, Fernando Pessoa :

“Há um tempo em que é preciso

abandonar as roupas usadas

que já têm a forma do nosso corpo

e esquecer os nossos caminhos

que nos levam sempre aos mesmos lugares

É o tempo da travessia

E se não ousamos fazê-la

teremos ficado para sempre

à margem de nós mesmos.

Obrigada e um beijo no coração de cada um

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Clarice Lispector

Mas há a vida

Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.